segunda-feira, 25 de janeiro de 2010



No processo arquitectónico, a concretização do resultado final, é consequência de múltiplos protagonistas. Temos o desejo dos clientes, se forem casal, temos duas concepções de casa distintas. Temos as regulamentações, neste caso muito condicionantes pois o Regulamento da Urbanização estava preparado para zonas planas e aqui tinha-mos pendentes de 22 m. em cada lote. O orçamento é outra das condicionantes, pois sem ele o objecto Arquitectónico permanece no campo dos desejos. Por fim temos os executantes. Da conciliação destes interesses nasce o construído. Por vezes temos de usar a imaginação para fazer omeletas sem ovos. Aqui neste caso, tivemos de optar por uma paleta de revestimentos pouco usual. O motivo é sempre o mesmo, viabilizar o orçamento de modo a permitir a sua concretização. Aqui o mosaico hidráulico faz de revestimento de paredes e pavimento. Aqui o soalho é em pinho. Aqui as louças são muito económicas, as torneiras também. Mas a qualidade, funcionalidade e durabilidade do espaço foram valor sagrado. A economia é um meio, não é um fim. Aqui a cozinha tem lugar privilegiado no lar. Lá convivemos à volta de uma refeição unindo os laços de família. A contenção de custos é um valor operacional e ético da vida, quer os custos sejam energéticos, ambientais ou económicos. O objectivo da vida é a felicidade e a harmonia.

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