Durante O Sec, XIX e parte do Sec. XX o discurso Arquitectónico foi profundamente marcado por questão que versavam acerca das problemáticas sociais, nomeadamente acerca das questões da habitação enquanto direito fundamental. Parte significativa dessas matérias versava acerca da possibilidade de construir habitações equipamentos e cidade com qualidade a custos baixos.
Dadas as condições das cidades europeias na altura, com numerosas áreas urbanas insalubres, resultantes do processo acelerado processo de urbanização causado pela revolução industrial, agudizadas pela destruição generalizada da Segunda Guerra Mundial e com o aumento da consciência social da sociedade em geral, a prática e teoria da Arquitectura foram formuladas para poder dar resposta a esta necessidades prementes da sociedade.
Durante o ultimo quartel do Sec. XX e o início deste milénio boa parte dessas questões foram praticamente esquecidas da prática e da teoria arquitectónica.
É obvio que hoje em dia as questões da sociais que a cidade europeia de meados do Sec. XX não se põem, pois foram resolvidas com a resposta que se conseguiu dar na altura. Obviamente que as soluções encontradas levantaram novos problemas como a segregação dos bairros sociais, a falta de qualificação dos espaços públicos, a problemática dos transportes e das acessibilidades, os problemas ambientais e energéticos entre outros.
O advento do actual Star System, que vem marcando as ultimas décadas da produção arquitectónica mundial relegou ainda para um plano mais secundário estas questões. Pior ainda criaram uma situação onde os modelos marcantes para as novas gerações de arquitectos são caracterizados por uma gritante afirmação de uma autoria alicerçada em imagens icónicas profundamente desenraizadas destas preocupações.
È corrente ouvir afirmações de alguns arquitectos a afirmarem que sem generosos orçamentos não é possível construir projectos.
Vou começar a mostrar agora um projecto onde se procurou construir um projecto de qualidade com baixos custos. Penso que a prática da profissão devia dar mais importância a estas questões, pois não é o arquitecto que paga a obra, é o cliente, e consequentemente deveria existir um maior respeito para estas questões na praxis da profissão.
Sem comentários:
Enviar um comentário